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Bolsonaro volta a falar que pandemia de coronavírus 'Não é tudo isso'

Terça-Feira, 17 de Março de 2020 | 3 min de leitura
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O presidente Jair Bolsonaro voltou a minimizar, nesta segunda-feira (16), a pandemia do novo coronavírus e os riscos do avanço da doença no Brasil. "Não é tudo isso que dizem, tanto que, na China, o problema está praticamente acabando", disse.

No último domingo (15), o presidente descumpriu recomendações do Ministério da Saúde para evitar aglomerações. Na frente do Palácio do Planalto, tirou fotos e apertou a mão de manifestantes que realizavam atos em apoio ao Governo - e contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal.

A postura de Bolsonaro foi alvo de diversas críticas. Pelas redes sociais, o presidente da Câmara dos Deputados escreveu que "o Presidente da República ignora e desautoriza o seu ministro da Saúde e os técnicos do Ministério, fazendo pouco caso da pandemia e encorajando as pessoas a sair às ruas". Rodrigo Mais classificou a atitude como um "atentado à saúde pública", que confronta as medidas do próprio governo.

O presidente do Senado foi na mesma linha. Na internet, Davi Alcolumbre afirmou que é "inconsequente estimular aglomeração de pessoas" e que a gravidade da situação exige de todos os brasileiros, inclusive do presidente, responsabilidade.

Em Goiânia, o governador do estado foi até a manifestação pedir o fim do protesto para evitar novas contaminações. Apesar de ser alinhado ao Governo Jair Bolsonaro, Ronaldo Caiado foi vaiado e discutiu com manifestantes.  

"Não preciso do seu voto, tá bom? Não preciso do seu voto. Eu sou médico. Eu trato é de vidas. Eu trato é de vidas. Quando o seu filho estiver doente, você vai me procurar como médico!", disse o governador, que saiu escoltado, aos gritos de "traidor".

No final da tarde, Jair Bolsonaro convocou uma reunião ministerial para discutir as medidas de combate ao coronavírus e os efeitos da doença no país. Além de debater a possibilidade de fechar fronteiras para evitar a entrada de pessoas contaminadas, o encontro serviu para criar um comitê de crise.

Fonte: SBT