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Como o ENEM centraliza o poder nas mãos dos burocratas

Quarta-Feira, 20 de Janeiro de 2021 | 3 min de leitura
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Salute Institucional


POR: andre Penforte (professor)

          Todo o comando do ENEM esta em Brasília, uma vez que o enem se tornou uma espécie de instituição do governo federal, controlado por burocratas de careira, que nada entendem de educação, isso gera uma gama de problemas sem fim. Vamos abordar alguns deles.

          Esse sistema acabou com a possibilidade de iniciativas que poderiam renovar algo ou solucionar problemas, por exemplo, sabemos que uma prova de 90 questões não mede inteligência de ninguém, isso é um fato, agora que tudo esta centralizado no governo, as universidades perderam a possibilidade de desenvolver um novo sistema de avaliação que ofereça uma solução na busca por aferir a inteligência dos candidatos, esse é um grande problema da centralização, estando o conhecimento disperso na sociedade, um grupo burocrático ligado ao governo nunca conseguirá oferecer soluções para os problemas, na verdade acabará criando mais problemas.

          Nessa criação de novos problemas temos as questões das provas, já vimos questões cobrando conteúdos de ensino superior, outras questões com erros toscos de português que poderiam atrapalhar na interpretação, vimos questões ideológicas envolvendo movimento politico sociais que nada tem haver com a seleção de universitários, dai fica o questionamento, a quem reclamar? Quando a prova é elaborada pela universidade, sabemos onde ir, sabemos onde reclamar, estamos próximos, conhecemos as pessoas envolvidas, mas isso não acontece no caso do enem, que nem sequer sabemos quem elabora aquelas questões.

         Nesse aspecto um erro que poderia ser local e facilmente corrigido, se torna sistêmico e quase impossível de correção, precisamos voltar ao sistema onde cada universidade elaborava seu próprio sistema de seleção. Como nos ensina Aristóteles, ‘’um erro pequeno no inicio, torna-se grande no fim.’’ Esse é, talvez, o maior problema dessa centralização de poder nas mãos do estado.