PUBLICIDADE
Holder Engenharia
Rio Grande do Norte, 29 de Março de 2024
COMPARTILHE

O que a população mossoroense pode esperar das eleições desse ano?

Quarta-Feira, 15 de Janeiro de 2020 | 6 min de leitura
PUBLICIDADE
Holder Engenharia


As eleições estaduais e municipais são ligadas umbilicalmente e ditam o ritmo de estratégias de um grupo político, apesar de terem perfis totalmente diferentes uma da outra. Isso porque um pleito serve de trampolim para o outro, mas não se agarram as ideologias que um cenário nacional proporciona. Polarização esquerda x direita é algo impensável em Mossoró.

A eleição municipal exige do candidato uma participação mais presente. O corpo a corpo é fundamental e importante. Achar que é possível conquistar muitos votos apenas nas redes sociais, é um erro crucial.

Voltando a falar sobre trampolim, temos como exemplos os dois deputados estaduais eleitos por Mossoró em 2018, Isolda Dantas (PT) e Alysson Bezerra (Solidariedade). Eles já se apresentam como pré-candidatos à prefeitura, e têm aval dos seus respectivos partidos.

A petista Isolda vinha de um mandato de vereadora, e logo em seguida se projetou politicamente para deputada estadual. Agora ela quer alcançar voos mais altos, se lançando como pré-candidata a prefeita. Alysson nunca teve mandato após sua vitória como deputado, mas acredita ser o nome escolhido pelo partido para a disputa. É outro que usa do mandato para se projetar politicamente.

Jorge do Rosário (PL) tentou uma vaga à Assembleia Legislativa, mas não obteve sucesso. Erros de estratégia de seu grupo político, que se aliou ao queimadíssimo então governador Robinson Faria (PSD), culminaram para a derrota. Jorge e Tião representam, hoje, os empresários e a classe de empreendedores.

O médico Dr. Daniel (PSL) é outro que concorreu a uma vaga de deputado estadual, em 2018, mas também não obteve sucesso. Daniel é o representante do conservadorismo, uma ideologia nova, de direita que pela primeira vez participou ativamente das eleições, e com sucesso. A nível nacional elegeu Bolsonaro presidente, e a nível estadual fez General Girão deputado federal.

Outros nomes da esquerda que já participaram de eleições municipais, também estão no páreo da disputa municipal. Gutemberg Dias (PCdoB), que teve boa desenvoltura nas eleições de 2016 e Telma Gurgel (PSOL).

Por último, a atual prefeita Rosalba Ciarlini (PP), que vai para sua quinta disputa municipal. Ela já foi senadora e governadora do RN, e é o nome confirmado do grupo político que domina a cidade há várias décadas. 

Os Rosados tiveram que se unir em 2016 para não morrerem abraçados. A estratégia de dividir para somar, que vinha dando certo há várias eleições, em 2016 poderia causar sérios prejuízos. Sandrismo e rosalbismo andam de mãos dadas, até aqui, apesar das desconfianças e alfinetadas das militâncias.

Isso porque é sondada a participação da ex-deputada estadual Larissa Rosado, hoje no PSDB, para a disputa municipal desse ano. Isso vai depender de fatores e discussões dentro do próprio grupo político/familiar. Se Larissa vai sair candidata a prefeita ou a vice, só o tempo dirá.

Tirando o Dr. Daniel e o deputado Alysson, que vão enfrentar sua primeira eleição municipal (Isolda, Jorge, Telma e Gutemberg já disputaram as eleições locais tanto na majoritária como na proporcional), o eleitor mossoroense não vai esperar muita novidade nesse ano. Principalmente no campo dos projetos. O que se discute até aqui são alianças e nomes.

Independente do resultado, eleição municipal serve de termômetro para aferir como será o cenário das eleições de 2022. Assim que se encerra uma eleição, já tem início os trabalhados para a outra. É assim que funciona o ciclo da política local.